domingo, 8 de junho de 2008

um dia o sol nasceu.


um dia o sol nasceu.
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com ele chegou a luz, que acordou os pássaros da planície.
então os pássaros começaram todos a cantar e a voar e festejaram, felizes, a vida.
e festejaram os que estavam vivos. e festejaram os que vivem com eles.
e estavam felizes pelo vento, que chega e que vai, e estavam felizes com o céu azul, e com as árvores e os campos, e com os rios e os lagos, e estavam felizes com os muitos e os poucos e grandes e pequenos nadas que faziam parte do seu maravilhoso mundo novo.

e o tempo passou.
e os passarinhos amaram, choraram, riram e viveram, como se nada mais importante houvesse, naquele dia e em toda a sua vida, que viver e sentir sempre com a mais forte intensidade!



mas nem tudo na vida é felicidade para estes pássaros.
é que todas as noites, quando o sol se põe, o pânico e o medo instala-se entre todos eles.
é talvez difícil para nós compreender mas, o que eu tomo como certo, e que é tão banal para todos nós, é que o sol nascerá de novo amanha, e que amanha teremos um novo dia para viver.

mas imagina tu que estes pássaros não se convencem de algo assim tão simples!!

e como lhes posso eu dizer que cada dia é mais um dia?
como os convencer que este dia não foi o ultimo?
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e é por isso que no inicio de cada dia, e todos os dias, todos os pássaros se levantam com o sol e voam livres mais uma vez! como se lhes fosse dada uma ultima oportunidade, e em celebração por mais um dia para viver.

domingo, 9 de março de 2008

Meu caro amigo, deixo-te

três momentos,

três desassossegos de alma...

Nuno

Lua

Contemplo-te na escuridão da noite

E vejo-te tão bela…

Dás-me a luz que preciso

E levas o meu triste olhar contigo.


A cidade é tua. Caminhas, só, pela noite…

Obrigado lua!


Amanhã vou voltar!

Nuno

Sossego

Este sossego que me inquieta,

Fugaz ausência do ser,

Que me consome e tira o ar…

Me faz tão pobre, tão pequeno,

Lutador eterno, que agora jura:

- Esta batalhar tem de terminar!

E desisto só! Não há volta a dar!..

Nem há um mártir…

Porque sempre sonhamos juntos,

Mas assim, distantes, haveremos de partir…



Nuno

quinta-feira, 6 de março de 2008

Dei tudo o que tinha

Mesmo sabendo que tudo não era nada.

Sonhei sempre tão alto e tão sozinho.

Viajei por tantos mundos, que me perdi pelo caminho


Quis mostrar que sou forte

(Ser incrível, este que eu quis ser…)

Escrevi palavras tão vãs neste recorte…

E dou por mim, de novo, sozinho ao amanhecer!


Dei-me ao luxo de viver actor.

Ter amigos, noites sombrias, até escrever poemas de amor!


Esqueci, por um momento, de pôr a máscara.

(Deixei cair as lágrimas e as palavras sinceras…)

Fui um ser honesto, mas triste!

(Incapaz, agora, de fingir neste texto, ao qual o mundo assiste…)


Não sei o que o futuro me reserva,

Mas conto com que seja longo o tempo que me espera…

E sei que nunca terei a coragem para te dizer o que sinto.

Ter-te-ei aqui, comigo, até chegar ao meu último destino!


Vejo em ti tudo, sendo eu nada.

Sou incapaz de te tocar ou sentir.

Perco horas a pensar na tua imagem, às vezes tão vaga…

E sei que não irá chegar o dia para te conseguir!..


(…)


Porque quase te venero,

Despeço-me neste sossego

E escrevo, agora, para não esquecer

Que és tu quem eu sonhava ter…



Nuno

segunda-feira, 3 de março de 2008

esperança, razão, saudades ou memórias

tudo pouco mais que nada


pensa bem, meu amigo,

como podemos viver
presos a algo tão etéreo
e não ter esse vazio incrustado no peito?

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

A razão do meu ser

Se só da saudade eu vivo,

Das memórias dos dias passados,

De que vale então este viver?


(Que é feito da esperança?

Daquela que trás o alma ao meu ser?)


Se tudo se revela assim,

Tão vazio, tão ausente,

Então não vejo o justo sentido,

Nem a razão do meu Presente.


E procuro as respostas,

Sem ninguém mas dar.

Sinto-me perdido,

Quase sem forças para continuar a lutar...


Agora, que já só escrevo sozinho,

Guardo todos os momentos

Dentro de uma folha de papel,

Porque quero poder ter de volta os meus sentimentos,

Nos dias em que me sentir fraco,

Sem sentido, cansado e vazio.


Parece-me triste ser esta a razão do meu ser,

Mas não vejo outra,

E ouso acreditar que será esta

A verdadeira essência do meu viver.

Nuno

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Também eu quis recordar

Os ditos pedaços de vida soltos,
Mas não os soube guardar.
Dos bons e dos maus momentos,
Pouco me lembro, pouco tenho para te contar.

Passaram rápido e nem lhes dei importância,
Vivi sem saber viver,
Deixei que os momentos fugissem por entre os dedos,
E agora sinto a saudade dos bons momentos…

Dos maus, tudo recordo,
Sem saber porquê, tudo te posso contar.
E rezo para os esquecer, rezo para nada saber…

A vida passa rápido e voa para longe,
E cada vez são mais os pedaços de vida soltos…

Pedaços de vida, que vivo sem saber viver.

Nuno

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

do mundo

eu guardo aos poucos
pedaços de vida soltos
que encontro no meu quintal.

são poucos os tantos soltos
pedaços de vida prontos
que tenho para guardar
que se fossem tantos os prontos
pedaços de vida soltos
como aqueles que já quis salvar

eu não tinha espaço para mais.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Verdadeiras verdades irreais?

São o quê?

Sonhos perdidos nos livros bafientos?

Cobardias das crianças incrédulas,

Que vivem sozinhas nas ruas cinzentas e frias?


Andamos todos por aqui, moldes desta massa humana,

Vivemos perdidos entre o sonho, a realidade e

As simples verdadeiras verdades irreais…


Que não passam disso mesmo…

Verdades irreais.

Puro sonho, fantasia…


Acordamos, despertamos para a vida

E somos personagens, de obras erradas,

Difíceis de interpretar, difíceis de perceber,

Até para o mais astuto dos actores!..


E somos só isto:

Verdadeiras personagens irreais…

Nuno.

a genuina contrafacção

que uso e mostro e me faz sentir bem
está guardada bem fundo, no meu cofre escuro,
á vista de todos
e ninguém


e é linda e perfeita
é falsa, eu sei.


e por isso a escondo,
e por isso a estimo,
a verdadeira verdade irreal.
por ser tão perfeita,
por ser tão mais incrivel,
que uma outra verdade banal.